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domingo, 30 de outubro de 2011

O bobo da corte - Autoria própria

Tu fazes rir sem dó dos poderosos
Dize-lhes a verdade num espelho
Deformado p´lo real, mas anguloso
Detalhe visto pelo teu evangelho

Cortejas os perigos, audacioso
Sempre que deixas tais nobres vermelhos
Tua ironia é mortal, oh belicoso
Os atacados ficam nus, de joelhos

Conheces as intrigas palacianas
Nelas navegas com habilidade
A espada de um te salva da arma de outro

Após os risos resta-te a profana
Vida oca de quem vive da crueldade
Rei dos risos, da própria alegria indouto

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